Requerimento questiona falta de medicamentos psiquiátricos para pessoas atendidas pelos Caps

Pacientes que sofrem de depressão, síndrome do pânico e outros transtornos relatam problemas

Pacientes que utilizam os Caps (Centros de Apoio Psicossocial) e passam por tratamento psiquiátrico estão relatando frequente falta de medicamentos para depressão, transtorno de ansiedade, síndrome de pânico, entre outros problemas. O desabastecimento é um dos pontos tratados por um requerimento do vereador Péricles Régis aprovado na sessão ordinária desta quinta-feira (11/7). O documento também questiona, segundo relato de pacientes destes centros, problemas estruturais que impactam na qualidade do atendimento prestado.
Os medicamentos que estariam sofrendo com a escassez são a sertralina, o Haldol e o Neozine. Uma paciente que enviou denúncia por escrito através das redes sociais do vereador relatou que além dos medicamentos, faltam cadeiras nos Caps para atender a todos que participam das oficinas terapêuticas, além de queixas de falta de alimentação para os pacientes, o que, segundo o relato, potencializaria os efeitos adversos causados pelos fortes medicamentos.
Segundo o vereador, o que preocupa é que tais medicamentos são usados para pacientes com quadros psiquiátricos severos. “Segundo as informações que recebemos, esses medicamentos são utilizados como agentes antipsicóticos em tratamentos de delírios e alucinações em quadros graves como esquizofrenia aguda e crônica, além de quadros de paranoia, confusão mental aguda e no tratamento de quadros de dependência química. Os pacientes temem que a abstinência possa agravar tais problemas”, relata o vereador.
Em seu requerimento, o vereador Péricles Régis pergunta se o desabastecimento é pontual e causado por algum problema com o fornecedor ou depende de algum processo licitatório para ser sanado. Além disso, o vereador quer saber qual o procedimento adotado pelo Poder Público para que os tratamentos de pacientes não sejam interrompidos em casos de desabastecimento. Além disso o requerimento cobra se há processo de compra de móveis abertos para as unidades do Caps, além de questionar sobre a política de fornecimento de refeições para usuários do Caps. O Executivo tem 15 dias, prorrogáveis por mais 15, para responder aos questionamentos do parlamentar.

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